Mato Grosso, 28 de Março de 2024
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Número de novas microempresas cresce 19% em MT após taxa de desemprego aumentar

25.09.2020
09:17
FONTE: G1 MT

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  • Sem renda, muitas pessoas abriram o próprio negócio para conseguir se manter. Alguns nem pensar mais em voltar a trabalhar para os outros.

    Foto: Ilustrativa

A procura por cadastro de microempreendedor aumentou 19% em Mato Grosso neste ano de 2020. Com a pandemia do novo coronavírus, a taxa de desemprego no estado subiu para 8,5% no primeiro trimestre de 2020, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e, para amenizar os impactos negativos da crise econômica, muitas pessoas decidiram abrir o próprio negócio.

 

O microempreendedor Geovane Beltran trabalhava como motorista. Depois de quase sete anos de carteira assinada, foi demitido em plena pandemia. Sem emprego, nem renda foi chamado por um amigo para trabalhar com manutenção e limpeza de ar-condicionado.

 

“Comecei a trabalhar com ele e ele começou a me ensinar já na prática tudo o que eu tinha que fazer. Fiquei três meses trabalhando com ele e aí um primo meu me chamou pra abrir uma empresa”, afirma.

 

Trabalhar com manutenção de ar-condicionado não era o sonho do Geovane, mas ele comemora o bom resultado do negócio. O novo desafio começou na garagem da casa dele. E o que ele mais quer é se tornar microempreendedor.

 

“Resolvi abrir a minha própria empresa. O meu próximo passo é fazer o meu MEI pra emitir nota fiscal, pra eu pegar empresas maiores, ampliar, crescer mais a minha empresa, fazê-la ficar toda certa como tem que ser uma empresa”, afirma.

 

Geovane descobriu na crise uma nova profissão e nem pensa mais em voltar ao antigo emprego.

 

“Eu prefiro ser um empresário, quero ter a minha própria empresa e ser dono do meu próprio negócio”, afirma.

 

O Brasil ganhou quase 1 milhão de microempreendedores individuais de janeiro até setembro desse ano. Mato Grosso houve um crescimento de 19% em relação ao mesmo período do ano passado. Nesse período o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) registrou aqui no estado a abertura de 47 mil empresas e surgiram 18 mil novos MEIs.

 

O gerente do Sebrae, Sandro Carvalho, explica como a população passou a criar novas empresas durante a pandemia sem um planejamento.

 

“O desemprego que ocorreu durante a pandemia, as demissões, a própria contensão dos salários dos empregados que fez também com que a renda diminuísse, fez com que ele olhasse pro mercado e pegasse as suas economias e fosse empreender sem olhar realmente para um planejamento pra esse negócio, sem uma preparação pra essa atividade comercial ou atividade de serviço que ele fosse exercer”, afirma.

 

Pra ser um MEI, baste se cadastrar pelo Sebrae e pagar uma mensalidade para ter o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) para ter os vários direitos.

 

“O MEI ele nasce com o CNPJ e ele nasce sem custos porque o custo do MEI é bem pequeno, gira em torno de 60 reais por mês as taxas que ele paga e ele não precisa de contador, ele tem vários benefícios quando ele formaliza. Além disso ele também tem a vantagem de comprar, seja o produto para revender ou a matéria prima do serviço dele com preços mais acessíveis porque ele tem o CNPJ e outro fator que é importante na hora de ele tomar crédito. Existem linhas de crédito para que o MEI possa acessar os juros são melhores do que para uma pessoa física por exemplo”, afirma.

 

Em alguns casos, O microempreendedor faz o cadastro e não consegue emitir a nota fiscal.

 

“Algumas prefeituras já têm emissão de sistema de notas. A pessoa nem precisa ir para a prefeitura pra emitir essa nota fiscal. Na nota fiscal do produto dos comércios é feito diretamente na SEFAZ e isso também é feito por um aplicativo”, afirma.

 

A planejadora financeira Eliane Metzner alerta que antes de abrir um novo negócio, é preciso um planejamento.

 

“Ao abrir uma empresa por necessidade, a maioria das pessoas não fazem o dever de casa que é um planejamento, então nós temos um planejamento estratégico que tem a ver com qual é o segmento que vai atuar, como está o mercado, como que aquele produto vai ser colocado e tem o planejamento financeiro”, afirma.

 

Outra dica é investir em uma área onde você tem algum conhecimento ou gosto.

 

“Então eu vou fazer roupa pet, vou fazer algum brinquedo de criança, eu vou evoluir dentro da área que eu conseguir ter alguma habilidade”, afirma.

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