Mato Grosso, 08 de Maio de 2025
Politica

O QUE É A MAÇONARIA?

11.09.2013
20:04
FONTE: Por Isaac Simão Bertolini

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  • Isaac Simão Bertolini

Questionamentos básicos:


_Então seria a maçonaria uma religião? Não, a maçonaria não distingue religiões, apesar de muitas delas a distinguirem.


_E por qual razão, suas reuniões são secretas? Há de convir que muitas das reuniões de caráter corporativo são de portas fechadas, interessando somente aos pertencentes ao quadro. E quanto aos supostos segredos...? Há mais discrição no processo do que negação de qualquer fato e efeito.


_Enquanto ao Bode, há ou não há? O bode é simplesmente uma alegoria significativa para a maçonaria, indicando a sabedoria almejada pelos maçons.


_E o sacrifício exigido? O único sacrifício exigido dos maçons é o interesse em evoluir, sobrepujando os vícios e evidenciando a moralidade.

_É verdade que o Maçom bebe sangue em suas reuniões? Se assim o fosse, as reuniões seriam realizadas em alguma carniceria, (açougue) e não em um templo. Inverdade pura. Sangue é vida e o maçom tem o dever de preservá-la.


_O Maçom faz pacto com o Diabo? Não. Existe o mal ou a ausência do bem? Assim como, existe a escuridão ou a ausência da luz? Ambos existem e são antagônicos, ou seja, coexistem! Do mesmo modo que existe Deus, o princípio criador há o seu contrário. Tal condição é pertinente a cada um, pois na essência de qualquer homem, pode haver o Diabo ou a ausência de Deus? No maçom, com certeza plena, há o manifestar de Deus e a ausência do Diabo. Não há necessidade alguma de qualquer acordo.


LEVANTAMENTOS

Apesar da abertura sobre os aspectos estruturais vislumbradas hodiernamente sobre maçonaria, nota-se ainda que o conceito popular a cerca do tema apregoa-se no preconceito, agravado relativamente pelo desconhecimento. 


Primeiramente, o termo Maçonaria ou Franco-Maçonaria, deriva-se do Francês Franc-maçonnerie, onde Maçon significa “pedreiro” e Franc, “franco”, portanto, de forma literal, Franco-Maçonaria quer dizer “Associação de Pedreiros Livres”.


Desta forma, vale salientar que apesar de ser literalmente perfeita como instituição, a maçonaria comporta em seu seio o homem, o qual como maçom designa o ser imperfeito cujo intento busca o aprimoramento pessoal e espiritual atuante e, encontra no sentido implícito da instituição o local onde o processo de evolução do indivíduo inicia-se. Abstratamente, ali, morre o velho ser contido pelos vícios, renascendo sobre o esplendoroso intuito do auto-aperfeiçoamento.


Com base neste entendimento primaz, o que é de fato a maçonaria? Literalmente, a maçonaria tende essencialmente a compor-se como filosófica, filantrópica, educativa e progressista. 


Filosoficamente, instiga a investigação por meio de “seus atos e cerimônias, da essência, propriedades e efeitos das causas naturais, relacionando-as com as bases da moral e da ética”. 


A filantropia por sua vez norteia as condições de sua constituição, onde, pela qual, não se funda na busca pela obtenção de lucro pessoal, pois todas as “suas arrecadações e recursos destinam-se ao bem estar do gênero humano”, sem distinção étnica ou cultural. 


Já o caráter educativo da ordem remete ao primor pelo desenvolvimento intelectual de seus membros e da sociedade, pois com base neste entendimento, há a absorção de preceitos salutares, diminuindo a ignorância e a intolerância.


E por fim, o princípio progressista desvincula da instituição, os dogmas, prevenções e superstições preexistentes, respeitando criteriosamente a crença no princípio criador e na imortalidade da alma, instigando a constante investigação da verdade.


Dentro desta realidade, todos estes princípios são compreensíveis cognitivamente por grande parte da população, entretanto, quando consideramos o aspecto progressista, onde se materializa o entendimento do princípio criador, o Grande Arquiteto do Universo e a concepção quanto à imortalidade da alma, iniciam-se as falácias e especulações, porém, as fantasias geradas por mentes tão limitadas mistificam a compreensão de algo tão singelo... Calma! Explicarei!


Os Cristãos, sem relevar as divergências entre as mais variadas doutrinas religiosas existentes, vislumbram a morte como um fim, salvaguardado pela volta de Jesus Cristo. Aqueles que partiram desta realidade dormem no seio de Abraão, o pai da fé, aguardando o som das trombetas do último dia.


Os Espíritas vislumbram a evolução como primazia. O cumprimento do carma para evoluir como ser. Para estes, a morte é apenas um estágio e, de ciclo em ciclo, há a renovação da existência em diferentes planos.


Se lançar mão sobre os fundamentos do Judaísmo e da crença Muçulmana, deparar-se-á também com a necessidade de evoluir espiritualmente, com a brevidade da vida e o princípio criador. Deste modo, se correlacionar os princípios Cristãos, Espíritas, Judaicos, Muçulmanos etc., desconsiderando os mais variados dogmas doutrinários, observar-se-á que todos caminham em busca da mesma redenção. Sim, todos crêem na imortalidade da alma e no princípio criador. 


Dentro desta realidade, o entendimento sumário de grande parte das religiões orienta-se para a evolução espiritual incondicional, a morte inevitável e Deus, o formador de todas as coisas.


Compreendendo tal inferência, a maçonaria institui em seus membros a liberdade, pois cada ser comporta per si a sua verdade e por ela, liberdade em crer em seu princípio criador, considerando que a alma em infindáveis formas e interpretações, não deixa de existir, ou seja, é essencialmente imortal, pois o que se desfaz é apenas a matéria... Eis que disse o criador: “do pó ao pó”. É neste sentido que o aspecto progressista se firma, sem alusões ou distinções.


Destarte, a maçonaria prospera sobre o seu legado, disseminando em sua perfeição como instituição, as práticas para a evolução do homem, o ser imperfeito, tanto no sentido material quanto no espiritual. E não atuando como religião, suscita no homem o desejo de estreitar a sua crença em Deus e nos mistérios da alma, harmonizando a sua essência, melhorando a integração familiar e expandindo o espírito. 


De D. Pedro l a Gonçalves Ledo. Duque de Caxias a Rui Barbosa. Voltaire a Goethe. Beethoven a Mozart. Napoleão a Garibaldi... De maçom a maçom... Nova, porém, à antiga!



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