A queda dos preços no atacado levou o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) a registrar deflação em julho, de 0,56%. Foi o segundo mês seguido de deflação, de acordo com dados da Fundação Getulio Vargas (FGV) – em junho, o indicador ficou em -0,67%. Em 12 meses, o indicador acumula variação de 5,55% e no ano, de 2,26%.
Entre os preços no atacado, a queda foi puxada pelos produtos agropecuários, que ficaram, em média, 2,29% mais baratos, seguindo uma queda de 3,6% em junho. Já os preços dos produtos industriais caíram 0,54%, após recuo de 0,56% no mês anterior.
Para o consumidor, o indicador mostrou inflação de 0,24% em julho, abaixo da taxa de 0,39% do mês anterior. O principal destaque de queda veio do grupo habitação, cuja taxa recuo de 0,58% para 0,42%, com a alta da tarifa de eletricidade perdendo força (de 1,4% para 0,2%).
Ficaram menores, também, as taxas dos grupos educação, leitura e recreação (de 0,75% para 0,27%), alimentação (de 0,13% para 0,01%), despesas diversas (de 1,19% para 0,33%), transportes (de 0,21% para 0,16%), saúde e cuidados pessoais (de 0,56% para 0,53%) e comunicação (de 0,20% para 0,06%).
Entre os itens, destaca-se a queda nos preços das passagens aéreas (-4,97%, após alta de 9,08% em junho). Ficaram menores também as altas de laticínios (de 1,32% para 0,65%), jogo lotérico (de 10,3% para 0), tarifa de táxi (de 1,97% para 0,09%), medicamentos em geral (de 0,48% para 0,03%) e pacotes de telefonia fixa e internet (de 0,50 para -0,02%), respectivamente.
Apenas o grupo vestuário (de 0,11% para 0,15%) apresentou acréscimo em sua taxa de variação.
Terceiro componente do IGP-10, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em julho, taxa de variação de 0,58%, abaixo do resultado do mês anterior, de 1,78%.