Mato Grosso, 11 de Julho de 2025
Mato Grosso

Presidente da AMM não acredita em punição política ao Brasil

11.07.2025
09:52
FONTE: Redação

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  • leo_bortolin

O presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios, Leonardo Bortolin (MDB) acredita que o presidente dos Estados Unidos Donald Trump irá recuar da possibilidade de impor tarifa de 50% aos produtos brasileiros. “É péssimo o tarifaço e acredito muito que isso não vai acontecer de fato”, opina Bortolin, apostando que tudo não passará de uma ameaça.

Ao justificar a elevação da tarifa sobre o Brasil, Trump citou a situação vivida pelo ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL). Segundo o republicano, o julgamento de Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF), é “vergonha internacional”. "Esse julgamento não deveria estar ocorrendo. É uma Caça às Bruxas que deve acabar imediatamente!", disse Trump na carta.

Questionado se vê motivação política no impasse, o presidente da AMM concorda que sim e avalia que, justamente por isso, o presidente americano irá recuar. “Mas, olha, eu acredito que por esse motivo que ele não vai prejudicar uma nação inteira. Não é possível que aconteça o maior líder mundial de acabar prejudicando uma sociedade como um todo devido a uma situação política nacional”, desabafa.

Casos o chamado tarifaço vigore, Bortolin avalia que a situação irá prejudicar, especialmente as commodities e indústria. “Traria um dano econômico muito grande para o Estado de Mato Grosso, até que o Estado consiga se reorganizar com outros centros consumidores ou importadores. Então, eu quero crer que isso, de fato, não vai acontecer”, frisa numa referência as relações comerciais de produtores rurais e de outros setores com os Estados Unidos.

Mesmo assim o representante dos municípios de Mato Grosso defende a necessidade do Brasil continuar abrindo mercados, expandindo as relações econômicas com a China, Europa e Índia, além de fortalecer as relações com os países das Américas, incluindo os Estados Unidos.

Tarifaço

Além das questões políticas, Trump alega que a tarifa de 50% visa uma correção de desequilíbrios comerciais. O economista Vivaldo Lopes, por sua vez, explica que a justificativa é “mentirosa”: “Os EUA são superavitários na balança comercial com o Brasil. É o Brasil que compra mais deles, e não o contrário.” – entenda aqui

Apesar da alegação de Trump, o relacionamento comercial do Brasil com os Estados Unidos é marcado por predominância da economia norte-americana, segundo números da série histórica do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

A compilação de dados, que tem início em 1997, mostra um saldo superavitário (mais exportações do que importações) de US$ 48,21 bilhões em favor dos EUA. Foram considerados 28 anos de comércio exterior.

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