Mato Grosso, 24 de Abril de 2024
Nacional / Internacional

Unicamp e USP desenvolvem teste rápido e barato para identificar coronavírus

31.03.2020
14:56
FONTE: G1

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  • Novo teste em desenvolvimento na Unicamp funciona com biomarcadores, que indicam se o paciente tem Covid-19 — Foto: Ricardo Custódio/EPTV

    Novo teste em desenvolvimento na Unicamp funciona com biomarcadores, que indicam se o paciente tem Covid-19 — Foto: Ricardo Custódio/EPTV

Pesquisadores da Unicamp estão desenvolvendo um teste rápido para Covid-19, capaz de confirmar a infecção em cinco minutos, até 50% mais barato que as opções disponíveis no mercado e mais completo. Previsto para estar disponível em maio, ele é elaborado em parceria com a USP, inclusive com os cientistas que fizeram o sequenciamento genético do novo coronavírus.

 

O professor Rodrigo Ramos Catharino, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual de Campinas (SP), explica que foi preciso fazer uma espécie de "impressão digital" do novo coronavírus para a criação do teste.

 

"A gente pode chamar isso de impressão digital, e esse desenho tem uma impressão digital clara das moléculas que existem na doença com relação ao Covid-19, e isso que a gente detecta e determina como sendo Covid-19", explica.

 

A partir das informações coletadas, os cientistas utilizam um programa de inteligência artificial para localizar esses biomarcadores que identificam a presença do Covid-19. Os pesquisadores aproveitaram e inseriram no banco de dados outros biomarcadores, como do H1N1, o que facilita o diagnóstico para o tratamento médico.

 

De acordo com Catharino, falta uma aprovação do Comitê de Ética para que possam ser feitos testes com humanos e a expectativa é que ele esteja disponível para uso em meados de maio.

 

Segundo os pesquisadores, o novo teste, 100% nacional, deve custar cerca de R$ 40, metade do valor do produto existente no mercado - atualmente, todos são importados.

 

Os cientistas avisam que assim que ficar pronto, a tecnologia do teste pode ser utilizada em outras cidades pelo Brasil.

 

"É possível fazer um número maior de testes com essa mesma tecnologia, inclusive com o SUS", completa Catharino.

 

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