Mato Grosso, 06 de Maio de 2024
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Empresário deve ir a júri por morte de adolescente há quase 5 anos em MT

17.10.2016
15:29
FONTE: Denise Soares/G1 MT

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  • Maiana Mariano, de 17 anos, foi assassinada em dezembro de 2011

A família da adolescente Maiana Mariano Vilela, de 16 anos, que foi assassinada por asfixia em dezembro de 2011, espera que os envolvidos na morte da jovem sejam condenados. O júri dos três acusados pelo homicídio está previsto para as 8h30 desta terça-feira (18), em Cuiabá. Maiana era considerada desaparecida e foi morta em uma chácara localizada no bairro Altos da Glória. Porém, os restos mortais dela só foram encontrados no dia 25 de maio de 2012.

A audiência deve ser presidida pela juíza Mônica Catarina Perri Siqueira, da Primeira Vara Criminal de Cuiabá. O júri já foi adiado por quatro vezes, sendo três delas em outubro e novembro de 2015 e uma em agosto de 2016. Os três acusados aguardam pelo júri em liberdade.

De acordo com o processo, o crime foi cometido pelos dois pedreiros, que teriam sido contratados por R$ 5 mil. O empresário e a esposa seriam os mandantes, motivados por um relacionamento extraconjugal entre ele e a adolescente de 17 anos.

O irmão e a mãe de Maiana serão testemunhas no júri. “São cinco anos de enrolação e esperamos que eles sejam condenados”, comentou o irmão.

O Ministério Público Estadual (MPE) sustenta a tese de que o empresário propôs o homicídio ao pedreiro sob a alegação de que Maiana e a família dela o extorquiriam dinheiro. Ele por sua vez ofereceu parceria no crime e divisão da recompensa ao outro pedreiro.

No dia do assassinato, o empresário pediu que Maiana fosse até o local entregar dinheiro a um chacareiro. Ao chegar lá, a vítima foi rendida pelos executores, que anunciaram um assalto. Ela foi asfixiada com um pedaço de pano e o corpo abandonado em um matagal. A ossada da vítima foi encontrada cinco meses depois.

O empresário ficou sete meses preso. O advogado dele diz que a defesa vai apresentar provas pela inocência do empresário. Ele afirma que há uma distorção dos fatos. O outro acusado é réu confesso.

“Vamos provar o que de fato ocorreu. Confio na absolvição o meu cliente. Ele não tinha razão nem motivo [para mandar matar Maiana]”, declarou o advogado. Conforme a defesa, o empresário e a adolescente tiveram um relacionamento há um ano antes da morte de Maiana.

O crime

No dia do homicídio, o empresário teria mandado Maiana descontar um cheque de R$ 500 e levar o dinheiro para um chacareiro. Ela foi ao banco com uma motocicleta que tinha ganhado do empresário e, depois, se dirigiu à chácara. De acordo com o Ministério Público, a jovem foi morta na chácara e teve o corpo colocado dentro de um carro de passeio e, em seguida, deixado na região da Ponte de Ferro.

Os restos mortais da adolescente foram encontrados no dia 25 de maio de 2012. Maiana e Rogério mantiveram um relacionamento extraconjugal por aproximadamente um ano e estavam vivendo juntos havia cinco meses, em regime de união estável, quando o assassinato foi cometido.

A ex-mulher do empresário também foi denunciada pelo MPE como participante dos crimes, mas a Justiça considerou que não havia indícios da participação dela.

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