Mato Grosso, 04 de Outubro de 2025
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Delegado atualiza investigação sobre cervejas adulteradas

03.10.2025
09:08
FONTE: Redação

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Três homens detidos durante a descoberta de uma fábrica clandestina de cervejas em Nova Mutum, continuam presos e à disposição da Justiça. As informações foram atualizadas nesta quinta-feira (2) pelo delegado Edmundo Félix de Barros Filho, responsável pela investigação do caso, que segue em andamento.

O grupo é acusado de integrar um esquema de falsificação, corrupção e adulteração de bebidas alcoólicas. Segundo o delegado, os suspeitos agora também responderão a inquérito por tornar nocivo à saúde ou reduzir o valor nutritivo de produtos alimentícios, conforme previsto no Código Penal.

Segundo a Polícia Civil, os suspeitos foram flagrados no último dia 30 de setembro, em um galpão usado para adulterar garrafas de cerveja. No local, o grupo trocava rótulos e tampinhas de cervejas de marcas menos conhecidas por outras mais populares, como Brahma, Skol e Original, com o objetivo de revender os produtos no comércio local por valores abaixo do mercado.

De acordo com o delegado, as investigações continuam para identificar outros envolvidos no esquema, inclusive um possível financiador da operação, que não foi localizado na ocasião da apreensão.

De acordo com os relatos, os suspeitos afirmaram que não alteravam o conteúdo da bebida, apenas a embalagem. Eles alegaram que a soda cáustica encontrada no local servia apenas para remover os rótulos originais, facilitando a falsificação. Contudo, a Politec (Perícia Oficial e Identificação Técnica) ainda analisa o material apreendido para verificar se o produto químico chegou a ser adicionado à bebida, o que poderia representar um risco à saúde dos consumidores.

A Polícia Civil informou que os três homens foram autuados em flagrante pelos crimes de:

Adulteração ou alteração de substância alimentícia;

Crimes contra a relação de consumo.

Além disso, também responderão por “vender ou expor à venda mercadoria com embalagem, tipo, especificação, peso ou composição em desacordo com a lei”, como destacou o delegado durante a atualização da investigação.

Mais de 10 mil caixas já teriam sido comercializadas

Durante os interrogatórios, os detidos confessaram que já haviam vendido mais de 10 mil caixas de cerveja adulterada na cidade e região. O grupo comprava a bebida em Sinop (a cerca de 482 km de Cuiabá), levava ao galpão em Nova Mutum e realizava a troca das embalagens.

A operação rendia lucros superiores a 100% por engradado vendido, segundo a Polícia. A investigação acredita que os presos atuavam como braçais, enquanto o esquema era comandado por um financiador que não estava presente durante a ação policial. Há também suspeita de envolvimento de uma cervejaria, que seria responsável pelo fornecimento da bebida “primária”.

Investigação em novas frentes

A Polícia Civil informou que as investigações seguem em andamento para identificar os demais envolvidos no esquema, especialmente os organizadores e eventuais financiadores. A Polícia também aguarda o laudo da perícia técnica para esclarecer definitivamente se houve ou não alteração química na bebida.

Segundo o delegado Edmundo Félix, novas diligências estão sendo realizadas para apurar a logística do esquema e o destino exato das bebidas adulteradas.

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