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Uma menina de 13 anos foi agredida por mais de 20 alunos, durante o recreio, na Escola Estadual Rafael Rueda, em Cuiabá, no dia 27 de novembro. A família denuncia que a estudante foi alvo de preconceito racial e intolerância religiosa durante o ataque, que ocorreu no gramado da unidade.
Segundo o irmão da vítima, os alunos passaram cal no rosto e no cabelo da menina, que ficou totalmente branco e a chamaram de “macumbeira” e “do diabo”. Ele afirma que a menina tem sofrido constrangimentos recorrentes devido à religião praticada pela família, ligada a umbanda, de matriz africana.
“Eles trabalharam Consciência Negra na escola uma semana antes, mas parece que entenderam tudo ao contrário. Minha irmã brincou de incorporação, como as crianças fazem, e isso virou motivo para espancarem ela. Chamaram de tudo, humilharam ela, jogaram cal no rosto e a escola tratou como se ela estivesse errada”, disse o irmão da vítima.
A família conta que a coordenadora somente comunicou a liberação da menina após o episódio, sem prestar suporte ou acionar os responsáveis com urgência. Ao procurar esclarecimentos na unidade escolar, os familiares alegam terem sido maltratados.
Até o mesmo o pai da vítima, um idoso com 76 anos, teria sido chamado de vagabundo, de acordo com familiares. A escola teria colocado a culpa na estudante, como se a agressão fosse culpa da vítima.
Desde o dia da agressão, a menina não conseguiu retornar às aulas. Nesta quarta-feira (10), ela precisou ir à escola apenas para realizar provas e, segundo o irmão, saiu chorando e com medo de sofrer nova violência.
A família diz não ter recebido qualquer orientação da direção da escola sobre medidas administrativas, acompanhamento psicológico ou responsabilização dos envolvidos.
A Secretaria de Estado de Educação (SEDUC), afirmou já que tomou conhecimento imediato do ocorrido e, junto a Diretoria Metropolitana de Educação (DME), adotou as providências cabíveis na unidade escolar.
"O Núcleo de Mediação Escolar reforçou o compromisso permanente com a prevenção e o combate a todas as formas de violência, incluindo bullying, cyberbullying, racismo e intolerância religiosa, com ações formativas e campanhas educativas. Nos casos com indícios de atos infracionais, há encaminhamento imediato aos órgãos competentes. A pasta reafirma ainda seu compromisso com a construção de uma escola pública antirracista, inclusiva, segura e livre de qualquer forma de discriminação", manifestou.
Apesar da posição da SEDUC a família afirma que ainda não recebeu nenhum contato por meio da secretaria e aguarda orientações sobre o retorno da aluna a escola.
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