Mato Grosso, 21 de Julho de 2025
Esportes

Rivaldo ironiza denúncias no Mogi Mirim:

26.07.2014
12:06
FONTE: Globo Esporte

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A queda de braço de Rivaldo com a oposição do Mogi Mirim e a imprensa da cidade parece interminável. Depois de atacar a mídia local durante o empate por 0 a 0 com o Guarani, no último domingo, o presidente do Sapo foi flagrado em conversa com jornalistas nos corredores do Estádio Romildo Fereira, ironizando as acusações de que teria usado patrimônios do Mogi para abater dívidas do clube com ele. A última denúncia partiu de Henrique Stort. Segundo o ex-gerente, Rivaldo vendeu 14 apartamentos que pertenciam ao Sapo. 

Em vídeo, o pentacampeão se mostra despreocupado em ver o nome envolvido em polêmicas. A principal delas é a transferência dos dois terrenos onde estão localizados os centros de treinamentos do Mogi para o seu nome, em setembro do ano passado. Os documentos foram publicados em maio. Juntas, as áreas foram avaliadas em R$ 6,8 milhões e usadas para o pagamento de pouco mais da metade da dívida (R$ 12,5 milhões). A manobra fere um documento assinado por Rivaldo logo que assumiu o comando do Mogi Mirim, em 2008, no qual se comprometia a não se desfazer dos patrimônios do clube. 

– Isso (denúncias) está me afetando tanto que vocês não sabem, eu não estou nem dormindo. Acho que eu nem vou jantar hoje – ironizou Rivaldo aos jornalistas. 

Ao lado do ex-presidente João Carlos Bernardi, Henrique Stort mostrou indignação com a administração de Rivaldo, da qual participou nos quatro primeiros anos como gerente de futebol. Além do caso dos CTs, a dupla criticou a nomeação de parentes para cargos importantes da diretoria e também a venda de apartamentos do Mogi. 

- Na nossa época, o Mogi tinha 14 apartamentos, que eram usados para alojar os jogadores. Quando eles assumiram, os apartamentos foram sendo vendidos - revelou Stort. 

Em abril deste ano, quando destituiu Wilson Bonetti da presidência, Rivaldo colocou a esposa Eliza Ferreira como vice-presidente, a irmã Cristiane Ferreira Diniz como secretária, a filha Thamirys Borba Ferreira como diretora de finanças e o filho Rivaldo Ferreira Júnior, o Rivaldinho, que é atacante do time profissional do Mogi, na função de presidente do Conselho Deliberativo. 

– O filho dele é jogador e funcionário do Mogi. Como pode ser presidente do conselho? Ele tem que fiscalizar. Como vai fiscalizar o pai dele? – indagou João Carlos Bernardi. 

Quando questionado sobre tais atitudes, Rivaldo foge das explicações. 

– Não estou aqui para falar. Já parei de jogar. Não tenho o que falar sobre mais nada. 

Por meio da assessoria de imprensa do clube, o pentacampeão disse que a nomeação de parentes entre a diretoria não fere o estatuto, que não vê nada de errado nisso. Em relação às vendas de patrimônios, reafirma que foi no sentido de ressarci-lo do que ele colocou do próprio bolso. O ex-jogador está tão seguro de suas decisões que, em declaração a um jornal da cidade, desafiou quem estiver descontente a entrar na Justiça contra ele. 

O desafio será aceito por um grupo de associados e membros da torcida organizada Mancha Vermelha. Segundo o advogado Aluísio Bernardes Cortez, que é um dos fundadores da uniformizada, uma ação é preparada para pedir investigação sobre as acusações. 

– Existe um caminho inicial que a gente pretende, que é levar as situações irregulares ao conhecimento do Ministério Público. A intenção é passar um pente fino na situação, e o que estiver de errado, a gente espera que sejam tomadas as decisões cabíveis – comentou Cortez. 

Com os bastidores tumultuados, o Mogi segue dentro de campo sua boa campanha na Série C do Campeonato Brasileiro. É o vice-líder do Grupo, com 14 pontos, e está com a classificação encaminhada para a próxima fase. 

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